segunda-feira, 14 de março de 2011

Marcadores sociais de diferenças na escola


As reflexões sobre alguns marcadores sociais nos parecem fundamental para a produção de relações sociais que promovam a cidadania dos sujeitos e, por conseqüência, uma sociedade pautada em ações democráticas. Mas como a escola tem lidado com estas reflexões? Infelizmente a escola tem sido vista como espaço que reproduz a desigualdade.
No que diz respeito ao gênero a escola em suas práticas cotidianas reafirma as relações desiguais entre alunas e alunas ao definir o que é papel de homem e o que é papel de mulher relegando a estas funções inferiorizadas em relação aos homens,ou mesmo elegendo como heróis somente personagens masculinos. Quanto à produção da identidade racial percebe-se diversas ações que promovem a reprodução do racismo, como na escolha dos personagens da história invariavelmente homens e brancos. Além disso, a escola faz com que a questão racial seja apenas um conteúdo curricular trabalhado no dia 20 de novembro “dia da consciência negra” e, assim, reduzindo o papel dos negros somente na culinária e na cultura brasileira. No que diz respeito à geração, a escola reforça a idéia da ausência quando considera a infância e a juventude como um “vir a ser”. Além disso, reforça estereótipos em relação à infância ligando esta fase ao que não pode ser e, em relação à juventude, quando toma os jovens como sujeitos acríticos e/ou rebeldes, sempre ligados à noção de moratória.
Desse modo, temos que enquanto espaço específico de formação das novas gerações a escola pode ser produtora de ações e reflexões sobre as relações de poder e de dominação existente na sociedade no que diz respeito ao gênero, à raça e à geração, promovendo relações de igualdade.
Profa. Mestre Lilianne Magalhães e Profa. Mestre Sandra Caldeira

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